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Existe muita informação no mundo concurseiro, e isso também se aplica aos materiais de estudo. A grande variedade de opções pode fazer com que os candidatos fiquem perdidos. No artigo de hoje, nós vamos desmistificar algumas ideias que os concurseiros possuem sobre os livros e apostilas para concursos públicos, além de fornecer direções para que você consiga encontrar os materiais ideais, de acordo com o seu objetivo.
Ao longo da preparação para um concurso público, o estudante passa por uma grande evolução – e com isso, eu não me refiro somente às matérias que ele aprende. Na verdade, estou falando de algo bem mais profundo: com o passar dos meses, um bom candidato evolui na postura que tem em relação aos estudos.
Entre os alunos iniciantes, sempre podemos notar uma certa tendência tendência de esperar encontrar alguma espécie de “assessoria externa”. O novo candidato costuma fazer pesquisas em busca de bons cursos preparatórios e materiais que possam conduzi-lo até o seu objetivo. Eles creem que vão precisar somente fazer o esforço, enquanto algum agente do lado de fora lhes fornecerá o devido direcionamento.
Mas isso é um engano.
À medida que o candidato evolui, ele começa a despertar para a realidade, e perceber que uma “ajuda” desse nível não está disponível no mercado. As coisas funcionam da seguinte forma: ou você aprende a direcionar os seus próprios estudos, decifrando como funcionam as provas dos concursos que pretende fazer… ou os seus estudos diários serão uma enorme perda de tempo.
Os candidatos experientes conhecem esse fato, e logo começam a aprender a conduzir os próprios estudos. (Para começar a aprender a pensar como um candidato de elite, leia o artigo Como Começar a Estudar Para Concursos Públicos – 5 Passos Essenciais).
Eis a primeira percepção que eles têm:
Materiais, videoaulas e apostilas para concursos públicos são fabricados “em massa”
O mercado dos concursos públicos peca muito na produção dos materiais, o que inclui, é claro as apostilas.
Em um mundo ideal, cada material seria construído levando em conta não apenas o edital do concurso a que se destina. Não basta inserir na apostila um monte de textos que abordam o assunto XYZ, apenas porque esse assunto está abrangido por um dos itens do conteúdo programático.
Afinal, em qualquer área de conhecimento nessa vida, sempre existem muitas formas diferentes de se fazerem perguntas sobre um determinado tema. No mundo dos concursos, isso não é diferente; cada banca examinadora constrói sua própria abordagem. Frequentemente, a mesma banca utiliza abordagens diferentes para concursos de cargos diferentes.
Como concurseiro, a sua missão é acertar o máximo de questões; logo, o material ideal seria aquele construído com o objetivo de facilitar o seu caminho até um bom índice de acertos. Para cumprir essa função, o texto deveria ser cuidadosamente construído observando-se a forma como as questões são elaboradas.
Mas será que é isso que acontece?
Infelizmente, as coisas não são tão bonitas nesse nosso universo estudantil. Nesse jogo, só é capaz de vencer aquele que aprender a encontrar o caminho por si só.
Para se tornar um grande candidato, você precisa abandonar a sua “inocência”. Por isso, vamos a mais uma informação que é crucial para que você consiga atingir um elevado nível de preparo:
Não é a capa da apostila que define se ela é adequada para o seu propósito de passar no concurso
Depois de se desiludirem com algumas apostilas para concurso, muitos alunos tentam resolver esse problema adquirindo materiais cujo título seja: “Matéria ABC Para o Cargo XYZ“.
Afinal, ninguém seria tão cara de pau a ponto de criar um material com esse nome sem que o conteúdo seja otimizado para esse mesmo concurso. Certo?
Errou mais uma vez.
Não se engane: o mercado está cheio de pessoas que não querem perder a oportunidade de te fornecer materiais a cada novo concurso que é anunciado. E essas pessoas têm um problema: é que os concursos são muitos, e as formas de se abordar uma matéria também são inúmeras.
Por isso, os “fabricantes de apostilas” encontraram uma forma prática de lidar com o excesso de demanda, sem perder nenhuma fatia do mercado: eles usam o Control-C + Control-V.
Essa é a forma como muitos materiais são produzidos: quando um novo concurso desperta interesse no mercado, os autores copiam e colam partes de materiais que já estavam prontos – sem o menor pudor de usar, inclusive, textos cuja abordagem não condiz em nada com aquela que o aluno encontrará na prova, adotada pela banca examinadora.
E quando esse glorioso “compilado” de conteúdo fica pronto, ele recebe o nome de…
“Material ABC Para o Concurso XYZ“.
Portanto, a partir de agora, para que você consiga ter chances reais de ser aprovado, será necessário aprender a tornar-se perito na avaliação de materiais. Lembre-se: não é o material ou a videoaula que vão te levar até a aprovação. Você caminhará sozinho… e usará alguns materiais e videoaulas como seus ajudantes. Vamos entender como se faz isso.
Dica nº 1: a apostila ideal é sucinta
A dica número 1 vale para todos os tipos de concursos. Todos.
Se você acha que não, eu recomendo que assista a esse vídeo no qual o Juiz Federal Eric Navarro relata como foi a sua preparação para o concurso da Magistratura.
Não se trata de um link patrocinado; eu só quero que você repare no que ele diz a respeito da quantidade de livros que alguém precisa ler para passar no concurso para Juiz.
Ele diz que, enquanto muita gente costuma afirmar que esse tipo de concurso exige que o candidato leia mais de 40 livros por matéria, ele usou apenas um livro para cada disciplina.
Tratando-se de um concurso para o cargo de Juiz, usar somente um livro por matéria já é de uma concisão impressionante. Logo, se o seu objetivo é passar em um concurso menos complexo do que a Magistratura, o seu primeiro passo já fica bem evidente: enxugar, enxugar, enxugar.
Tenha cuidado quando te oferecerem um material gigante. Normalmente, quando isso acontece, o ofertante não quer o seu bem. Se esse tipo de material existe, não é porque o autor foi muito cuidadoso e incluiu todas as informações ali, para te ajudar.
Infelizmente, os motivos para a existência de apostilas dessa natureza são bem menos nobres:
A verdade é que você já precisará “peneirar” o seu material de qualquer forma. Porém, se o conteúdo dele tiver sido construído de forma inteligente, o seu trabalho será bem simplificado.
Assim, na medida do possível, busque materiais objetivos, elegantes e sucintos. Pode confiar em mim: o seu rendimento se multiplicará absurdamente no dia em que você fizer isso.
Dica nº 2: a apostila ideal tem a mesma “linguagem” que as questões do seu concurso
Talvez essa dica seja um pouco difícil de explicar para quem ainda não resolveu um bom número de questões de concursos. O que eu chamo de “linguagem da banca examinadora” é algo que você só vai notar depois que tiver feito muitos exercícios.
Um candidato experiente sempre percebe quando uma questão “não bate” com o padrão de perguntas que ele está acostumado a responder. Nesse momento, ele olha para o filtro de questões do site, e nota que esqueceu de selecionar as bancas que lhe interessam.
(Lembre-se de que a busca pela “mentalidade das bancas examinadoras” deve se iniciar mesmo antes da publicação do edital! Leia este artigo para entender melhor como fazer esse raciocínio quando o edital ainda não está publicado.)
E quando você adquire essa “aptidão” para identificar “tipos” de questões, a sua capacidade de avaliar as apostilas para concurso se eleva a um nível altíssimo.
Se um autor de apostilas está preocupado com a aprovação do leitor, ele escreverá o conteúdo de forma condizente com a “linguagem” das questões que já foram criadas para aquele concurso. Caso isso não tenha sido feito, você, como um candidato de elite, perceberá algo de “estranho” quando for estudar com essas mesmas apostilas.
E eu nunca vi alguém ser aprovado sem precisar trocar de material algumas vezes. Portanto, vamos aprender a identificar a chegada desse momento.
Como saber se está na hora de trocar suas apostilas para concurso
Então você fez o possível para encontrar boas apostilas, e agora chegou a hora do test-drive. Mas como você vai saber se os materiais que você comprou são realmente bons para você? Afinal, há candidatos que estudam com péssimas apostilas há anos, e até hoje não acordaram para esse fato.
Bem. Você, como um candidato bom de verdade, ficará sempre atento a alguns sinais:
1) As questões vêm te surpreendendo demais
Você não sente dificuldade quase nenhuma para entender o conteúdo. Mesmo assim, quando decide resolver questões, percebe que sempre acaba sendo “pego no contrapé”.
Frequentemente você pensa “eu não tinha imaginado que esse assunto seria cobrado desta forma”.
Você aprende, sim, informações; mas o seu conhecimento não te traz segurança para resolver questões.
Isso pode ser um sinal de que o problema não está em você; o seu cérebro está fazendo o próprio trabalho, mas a fonte de conhecimento não está colaborando. É hora de trocar.
2) Suas apostilas para concursos têm muito conteúdo que não cai na sua prova
Você percebe uma ênfase muito grande em assuntos que não têm chances reais de caírem na sua prova – e mesmo que eles fossem cobrados, você, com a sua percepção de concurseiro, nota que a abordagem jamais será tão extensa quanto aquela que o autor adotou no material.
Isso indica que o professor que escreveu a apostila não teve nenhum tipo de cuidado ao elaborar o conteúdo. Lembre-se: o excesso de informação não indica zelo por parte do autor, mas sim preguiça de adequar o conteúdo às necessidades de seus alunos.
Fuja o mais rápido que puder: esse tipo de material desgasta o aluno por completo e rouba toda a produtividade do seu estudo.
Agora pode ser que você esteja pensando: “Mas com tantos requisitos rígidos na hora de avaliar os materiais, o que acontece comigo se não existirem apostilas perfeitas para o meu objetivo? Posso desistir de fazer concurso?”
Não precisa ser tão radical assim:
Suas apostilas para concurso não precisam ser perfeitas
A verdade é que todo candidato aprovado precisou, em alguma medida, “se virar com o que tinha na mão”.
Você deve buscar os melhores materiais que puder; contudo, não há necessidade de levar essa busca ao extremo, investindo muito tempo e energia nela. Sabe por que?
Porque os melhores concurseiros são aqueles que constroem a própria preparação.
Se a escassez de materiais é absoluta, eles podem chegar ao ponto de criarem os próprios materiais do zero. Mas se a carência não for tão grande, e houver materiais razoáveis à disposição, eles podem “retocar” os materiais, usando informações extraídas de provas anteriores.
Essa habilidade é construída à medida que o aluno compreende o funcionamento das provas do concurso que almeja fazer. Por isso, seja proativo durante os exercícios, e não olhe somente o gabarito; busque entender como as questões funcionam.
Quando você atingir esse nível, se tornará capaz de fazer excelentes críticas aos seus professores, cursos, livros e apostilas. As falhas que existem no sistema ficarão evidentes…
O que significa que você não mais será refém delas. Você poderá contorná-las, enquanto seus colegas de curso continuam andando em círculos.
A sua aprovação se inicia no dia em que você compreende o seguinte: os professores e autores de apostilas para concurso são seus copilotos… mas você é a única pessoa que está no volante.
Dica bônus: uma ajuda para procurar suas apostilas para concursos nos lugares certos
Não existe uma fórmula garantida, mas há um jeito de aumentar as chances de você encontrar apostilas para concursos que sejam adequadas aos seus objetivos.
Eu já encontrei bons materiais procurando em cursos preparatórios que se dedicam exclusivamente a uma certa categoria de concursos. Se o professor, ao criar o material, tem um objetivo bem definido em mente, existem chances de que o material criado por ele reflita esse fato.
Caso você seja da área policial, aí, sim, a busca ficou mais fácil. No link abaixo, eu te convido a conhecer, sem nenhum compromisso, os Mapas Mentais Para Carreiras Policiais. Nas imagens, você pode ver o nível de minúcia que os autores tiveram na elaboração do conteúdo:
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Conclusão
Materiais ideais são muito escassos no mercado, e você terá que aprender a “garimpar” os bons exemplares que existem por aí.
Neste artigo você aprendeu algumas formas de identificar boas apostilas para concursos; porém, lembre-se de que a preparação é feita pelo próprio candidato, e você não deve esperar que ninguém te conduza até o seu cargo público. Os melhores concurseiros aprendem a extrair conhecimento de diversas fontes, moldando-o de acordo com seus próprios objetivos. Sendo assim, quanto mais você avançar nos estudos, menos será necessário que você encontre um “material perfeito”.